A WebTV está na reta final da produção da minissérie “O Eleito”, obra que marca a estreia de João Sane Malagutti na emissora. Com a estreia cravada para o dia 18 de outubro, a minissérie de época trará polêmicas atuais sobre relacionamentos e traições familiares, poder, e muita passionalidade.
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Cenários gigantescos, figurinos
de época, luxo e riqueza marcam a estrutura digna de produção milionária
pensada pelo autor que afirma: “foi
preciso investir em muita pesquisa histórica, pois, procurei retratar a região
nordeste do continente africano, conhecido com Kemet (hoje Egito) em sua
estrutura étnica para a época, dominada por pessoas da pele preta. Escolhi
criteriosamente Luxor (antiga Tebas) uma capital rica às margens do Nilo que
foi muito cobiçada e atacada por outras civilizações e partimos desse
pressuposto para compor toda uma rede de traições e paixões que se evidenciarão
assim que o Rei Anounak seja assassinado passionalmente logo no primeiro
capítulo.”
O autor revelou ainda à nossa
reportagem que toda a rede de trama foi montada em costumes e comportamentos
exclusivo dessa região, levando-se em conta que Kemet possuía uma diversidade
de costumes e tradições dadas aos faraós que, segundo o autor, eram considerados
as próprias Divindades na Terra.
Porque a minissérie recebe o
título de “O Eleito” e o que o público pode esperar?
“Creio que as pessoas possam esperar ousadia, mesmo para uma obra
de época. Homossexualidade, assassinato, traição e ambição são fatores que convergem
com a humanidade desde que se tornou sedentária e optou por sistemas produtivos,
econômicos com base em religião e hierarquias. É por esse sistema hierárquico
de poder que surge o centro das discussões: quem ficará com o trono e o poder?
A discussão gerada é: quem por direito é a perfeição para assumir o lugar dessa
divindade na terra? E eis que surgem personagens perdidas em seus conflitos
pessoais, já naquela época, presas aos conceitos sociais, morais e religiosos.
De papéis sociais muito vivos como hoje em dia, de provar algo publicamente”.
Embora os temas sejam atuais o
autor ressaltou que houve uma escolha pensada em parâmetros comparativos que o
levou a retroceder no tempo e colocar o seu teclado para funcionar para o
período “antes de Cristo (a.C.).”
“Naquela região de Kemet, a homossexualidade era algo comum. Mulheres poderiam ter outras mulheres, homens poderiam ter seus romances com outros homens sem perseguições. No caso masculino, o homem que se deitava como mulher era visto como um fraco. Eis que começa ali uma geração de tabu no entorno da homossexualidade que não a religiosa dos dias atuais. Hoje, o tabu homossexual é mais religioso e por incrível que pareça, têm grande incidência dentro do sistema religioso promovendo escândalos. Claro que não é todo o sistema, não podemos generalizar as situações. Sobre a questão de eleger alguém para um cargo, sempre existiu a meritocracia, porém, com a atual demanda de pessoas muito boas, estudos e universidades, qualquer pessoa poderia ser eleita, contudo, o nepotismo para cargos é tão exposta que não faz mais sentido essa discussão. A moralidade se perdeu e, ao trazer essa obra para um período em que palavras e atitudes tinham mais valor, pretendo trazer novamente o debate interno de cada leitor sobre tais questões. Em algumas cenas, gostaria que se perguntassem o que fariam na pele dessa ou àquela personagem.
Com os bastidores fervilhando e imagens (por IA) vazadas da produção, “O Eleito” chega nas telinhas da WebTV, em breve. Vale à pena esperar pelo dia 18.
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